Tudo está prestes a explodir. O mocinho corre em direção a uma complexa bomba que só pode ser desarmada com uma senha. Enquanto isso, o vilão foge, prestes a ver o seu plano maquiavélico ser bem-sucedido. Falta menos de um minuto. O mocinho tenta um código qualquer, uma ou duas vezes e, heroicamente, acerta a senha. O mundo está salvo.
Você já deve ter visto sequências como essas em diversos filmes. Por alguma razão, os mocinhos do cinema sempre se dão bem no final e, quando o assunto é utilizar tecnologia, num passe de mágica, qualquer um deles se transforma em um especialista em computadores capaz de reconfigurar sistemas ou identificar senhas em questão de segundos.
Embora a tecnologia apresentada no cinema muitas vezes sirva de inspiração para o que é desenvolvido no mundo real, frequentemente o que é mostrado é tão absurdo que pode até chocar os usuários mais atentos. Se antes os aparatos tecnológicos eram exclusividade de poucos, hoje muitas pessoas podem identificar falhas com muita facilidade, fazendo com que mesmo um bom roteiro caia em descrédito pelas falhas “técnicas”.
Listamos alguns dos erros do mundo tecnológico que fizeram Hollywood parecer noob diante do público. Mas será que sem eles as histórias seriam tão divertidas ou funcionariam tão bem?
Fotos e vídeos com resolução absurda
Não importa se as fotos foram tiradas com celulares ou com as câmeras mais poderosas. Ao serem passadas para o computador e ampliadas, podem ser vistas em detalhes, mesmo com as maiores ampliações possíveis. Experimente fazer algo do gênero com o seu celular. Ampliando a imagem em um telão, provavelmente, você não verá nada além de um borrão.E, para fazer isso, não é preciso nem mesmo ter um computador potente. As máquinas dos chefes de segurança, por exemplo, que cuidam apenas das câmeras de segurança, com um simples comando no teclado transformam qualquer vídeo escuro em uma imagem identificável em questão de segundos.
Mocinhos usam Mac
Se você viu um produto da Apple num filme nos últimos meses, não estranhe. Segundo uma pesquisa publicada no mês de fevereiro, em 2010 a Apple foi a marca que mais apareceu nos grandes lançamentos do cinema. Na década, a empresa da Maçã também lidera.Em muitos casos, a explicação é a utilização do computador como peça de marketing mesmo. Porém, muitos diretores de cena optam pelos notebooks da empresa apenas pelo aspecto visual, já que eles parecem mais bonitos em cena.
O uso de tantos produtos da Apple, muitas vezes, criam situações inusitadas. Hackers usando Macs, quando números mostram que isso é raro, e personagens casuais, que praticamente utilizam o computador apenas para internet e textos, ostentando poderosos MacBooks e iMacs são apenas alguns dos casos.
Computadores explodem
Experimente desativar um sistema em processo de execução ou mesmo jogar alguém sobre o teclado de um computador. Certamente, além de desligar o sistema ou danificar o equipamento, nada de mais agrave acontecerá. No cinema fatalmente terminam em explosão.Além disso, descobrir senhas parece ser um processo simples, já que em geral elas se referem a um nome de alguém ou de um grande projeto – quando não fazem referência ao próprio nome do filme. Bastam duas ou três tentativas para que mesmo os sistemas militares mais complexos do mundo desabem diante de uma senha simples e lógica.
Tiros e explosões no espaço fazem barulho
Segundo as leis da física, os sons precisam de um meio material para se propagar, como o ar. No espaço, não há nenhum meio disponível, um vazio absoluto. Dessa forma, o som não se propagaria num ambiente como esse. Contudo, nos filmes de ficção científica, ouvimos sons de tiros e explosões como se as batalhas estivessem acontecendo em nossa atmosfera.Produções como “Star Wars” e “Jornadas nas Estrelas”, por exemplo, usam e abusam das explosões para ampliar os efeitos e torná-los mais atrativos dentro do universo ficcional. A produção “2001 – Uma Odisseia no Espaço” é um dos raros casos em que as leis da física foram seguidas à risca nesse quesito.
Wi-Fi e 3G em toda a parte (e rápida)
Não importa onde a ação esteja acontecendo. Basta que um celular ou notebook seja aberto, em qualquer parte do planeta, para que ele se conecte à internet numa velocidade espantosa, capaz de fazer inveja à melhor das conexões disponíveis em sua residência.Além disso, navegar bem não é o suficiente. Upload e download de vídeos, recepção de base de dados e mesmo acionamento remoto de mísseis e ogivas nucleares podem ser facilmente realizados com apenas um clique no teclado. Quando será que na vida real teremos acesso a algo do gênero?
Tudo se transforma numa interface visual
Repare como funciona um grande laboratório de informática no cinema. Os computadores são cheios de luzes, que piscam sem parar. Tudo se movimenta e tudo faz barulho. Agora, olhe para o computador de sua casa ou do laboratório de informática de sua escola. Quantos computadores piscam ou se comportam de maneira barulhenta? Provavelmente nenhum.A explicação é simples: elementos visuais ativos transmitem a sensação de que algo está, de fato, acontecendo por ali. Resultado similar é mostrado quando alguma máquina é invadida. Repare que os vírus indicam o que estão fazendo e animações em 3D passeiam pela tela. Convenhamos, quantos vírus agem assim? Praticamente nenhum.
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