Brasil apresenta o pior desempenho em comparação com outros seis países europeus, mais Austrália e Estados Unidos.
Que, no geral, a banda larga no Brasil não é uma maravilha (nem em termos de velocidade, nem em qualidade) todos já sabiam. Mas um estudo divulgado pelo grupo Nielsen mostra que a situação por aqui é ainda mais desoladora. Em resumo, ele relatou que a grande maioria dos internautas brasileiros navega a menos de 2 Mbps.
Para facilitar a exemplificação dos dados brasileiros do gráfico acima, suponhamos que no Brasil existam somente 100 internautas: 31 deles navegam a menos de 512 Kb, 48 acessam páginas da web a uma velocidade entre 512 Kb e 2 Mb, 15 têm conexão entre 2 Mb e 8 Mb e apenas 6 se conectam à rede mundial de computadores com velocidade acima de 8 Mb.
Traduzindo um pouco mais, a grande maioria dos brasileiros que acessam a internet (79%), o fazem sob uma velocidade média ou baixa. São poucos (21%) os que navegam a uma velocidade rápida ou super-rápida. Vê-se que, apesar de medidas do Governo Federal para universalizar a banda larga no Brasil, as altas velocidades ainda são caras e estão distantes de grande parte do povo brasileiro.
Se analisando somente o caso do Brasil, a realidade da banda larga se mostra complicada. Quando comparamos o nosso desempenho com o dos outros países pesquisados, a situação fica ainda pior. Suíça, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Reino Unido, França, Espanha e Itália apresentam um quadro geral de banda larga de dar inveja.
Fazendo uma média geral entre esses países, os usuários que acessam a internet a menos de 512 Kb são apenas 5,5% (contra 31% do Brasil). Outros 23% se conectam com velocidade entre 512 Kb e 2 Mb (no Brasil essa faixa corresponde a 48% dos acesso).
Mais da metade dos internautas de todos esses países (50,5%) navegam pela web com velocidades entre 2 Mb e 8 Mb (no Brasil são apenas 15% dos internautas que navegam nessa faixa de velocidade). Por fim, outros 21% dos que usam a internet nesses sete países o fazem sob velocidade acima de 8 Mb (contra apenas 6% no Brasil).
O estudo, feito em conexões domésticas no mês de fevereiro de 2011, observou ainda que quanto menor a velocidade de conexão, maior o tempo gasto na web, como mostra o gráfico acima. O Brasil, mesmo com as piores velocidades, é o país que passa mais tempo online dentre os pesquisados, uma média de 30 horas/mês.
Isso significa 13 horas a mais que a Suíça, campeã do ranking com maior número de internautas acessando a web a uma velocidade rápida ou super-rápida.
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